Sobre a Zona Oeste

A Zona Oeste do Rio de Janeiro é a região de menor IDH* (Índice de Desenvolvimento Humano) do município, marcada por significativas desigualdades sociais e realidades contrastantes.

Os bairros que integram a região são: Bangu, Barra de Guaratiba, Barra da Tijuca, Camorim, Campo Grande, Cidade de Deus, Cosmos, Curicica, Deodoro, Freguesia, Gardênia Azul, Gericinó, Grumari, Guaratiba, Inhoaíba, Itanhangá, Jacarepaguá, Joá, Magalhães Bastos, Mallet, Paciência, Padre Miguel, Pedra de Guaratiba, Realengo, Recreio dos Bandeirantes, Santa Cruz, Santíssimo, Senador Camará, Senador Vasconcelos, Sepetiba, Sulacap, Taquara, Vargem Grande, Vargem Pequena, Vila Militar e Vila Valqueire. Segundo o Censo de População de 2010, a região envolve as áreas de planejamento AP4 e AP5.

A população da zona oeste representa 41,36% (2.614.728 habitantes) do total do município do Rio de Janeiro (6.320.446 habitantes). Os indicadores culturais da região reforçam a perspectiva da desigualdade: a Barra da Tijuca conta com uma concentração considerável de salas de cinema (32%), embora apresente índices baixos com relação à oferta de museus (2%), bibliotecas (3%), centros culturais (5%) e teatros (3%). Por sua vez, Jacarepaguá e Cidade de Deus são regiões caracterizadas pela escassez de museus (3%), bibliotecas (8%), centros culturais (6%) e teatros (5%), além de possuir a menor concentração de salas de cinema da cidade (4%).

Com relação aos equipamentos culturais, é importante destacar a presença de lonas culturais administradas pela Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro, onde ocorrem atividades como shows, peças teatrais, oficinas, feiras de arte e artesanato, cursos etc. Das dez lonas culturais instaladas na cidade a partir da década de 90, cinco estão localizadas na zona oeste. A região conta também com um conjunto de iniciativas e agenciamentos culturais diversificados integrados por redes e coletivos como os Pontos de Cultura, centros de produção de artesanato, portais, museus e centros culturais de base comunitária.

Observa-se na região a presença de diversas instituições públicas e privadas de ensino superior (universidades, faculdades e escolas de engenharia militares e de ensino técnico-profissionalizante).

Os equipamentos esportivos e as obras de infraestrutura voltadas à mobilidade urbana recentemente ganharam destaque na região. Além da Vila Olímpica, do Centro de Mídia, da Arena Olímpica Velódromo da Barra e do Parque Acuático Maria Lenk, estão previstos para os próximos anos investimentos como a extensão do metrô até a Barra da Tijuca e construção das vias expressas TransOeste, TransOlímpica e TransCarioca, que conectarão a Zona Oeste com o aeroporto internacional e Zona Norte.

É interessante observar que a região conta com uma importante presença de estabelecimentos econômicos de micro e pequeno porte e uma alta densidade industrial, com empresas de grande porte devido à existência dos Distritos Industriais de Campo Grande, Palmares, Paciência e Santa Cruz, criados a partir da década de 60 graças a incentivos fiscais.

A Zona Oeste do Rio conta com um conjunto importante de programas públicos e privados orientados a promover o desenvolvimento social da região.

* O Instituto Rio trabalha na articulação de muitas dessas iniciativas de forma a dar mais visibilidade às ações existentes e mobilizar atores e recursos para estimular investimentos em programas de desenvolvimento social – trabalhando sempre em consonância com as vocações locais, articulado com as necessidades das comunidades atendidas por estas ações. (*) O IDH foi criado em 1990 e é o resultado de uma equação que mistura três variáveis: a renda “per capita”, a esperança de vida ao nascer, e a escolaridade, traduzida pelas taxas de analfabetismo e de matrícula. O índice varia de zero até 1, sendo considerado baixo entre 0 e 0,499; médio de 0,500 a 0,799; elevado, se igual ou acima de a 0,800. A Zona Oeste apresenta um IDH inferior ao do Município (IDH-M 0,842) e ali observam-se situações polarizadas: a Barra da Tijuca com a melhor situação de indicadores socioeconômicos (com um IDH de 0,959) e Santa Cruz com a pior (IDH de 0,742)

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